Nasce o mangá

Um ano após o início da guerra Russo Japonesa, em 1905, ocorre uma explosão nas vendas dos mangás, com conseqüente aumento de publicações. Surge este ano a Tokyo Pakku – primeira revista de mangá para crianças e que foi sucesso imediato. Em 1908 é criada uma versão feminina da Shounen Sekai – a Shoujo Sekai, primeira revista para garotas. A Shounen Pakku foi influenciada por revistas estrangeiras para crianças, tais como a britânica Puck. Em 1924 é lançada outra revista infantil chamada Kodomo Pakku, com todas as paginas em cores e desenhistas famosos na época como Takey Takeo, Yumeji Takehisa e Yutaka Aso.A essa altura alguns dos Mangás já usavam os ‘balões de falas’, quando a regra era apenas textos inseridos nos quadrinhos em forma de narrativa.

Em meio a invasão da Manchúria Em 1931 e a segunda guerra em 1937 é lançada em maio de 1935 Mangá no Kuni (o País do Mangá) que duraria até janeiro de 1941. Esta revista continha informações sobre como se tornar um mangaká (desenhista de mangá) no Japão e em outras editoras de quadrinhos ao redor do mundo. Foi a primeira revista a estimular o surgimento de novos mangakás.

Paralelo a evolução das revistas de mangá, diversas séries surgem nos jornais japoneses: Norakuro Joutouhei (primeiro soldado Norakuro), uma série antimilitarista de tagawa soiho, e Boken Dankichi (As aventuras de Dankichi), de Shimada Keizo são as mais populares até os anos de 1940 quando toda a imprensa, atividades culturais e artísticas foram submetidas à censura do governo. Mas o próprio governo japonês não Hesitou em utilizar os quadrinhos para fins de propaganda. Por fim, a partir de 1941 o governo proibiu qualquer revista de mangá, devido à necessidade de papel e tinta para o esforço de guerra.